quinta-feira, 16 de outubro de 2014

11-10-2014

ESTREIA DO ESPETÁCULO


Toda estreia é nervosa, sim, eu já sabia disso. Mas nunca havia estado em uma peça antes, desconhecia os bastidores de um espetáculo de teatro. Foi uma estreia em dose dupla.
Chegamos cedo à Escola Dom Pedro, em São Miguel Paulista , e só de ver o tamanho do espaço, houve até falta de ar. Chegamos 13h30, e começamos a repassar as cenas, mas o nervosismo nos fazia esquecer algumas falas, e isso nos deixava ainda mais nervosas. Ensaiamos até às 17h, pois como haveria bandas tocando antes do espetáculo (Banda Triz, Yaya Bonneges, Mc Gleycinha e Lethicia Soares) precisávamos liberar o palco para a passagem do som.
Começamos a arrumar nossas roupas na mesa - e isso foi mágico para mim, acho que foi ali que caiu a ficha - a calça da Alice, o vestido da Constance, a saia da Avó, a bolsa da Raíra... Depois fomos tentar comer um pouco, tentar... porque o nervosismo, repito, estava demais.
Estávamos repassando o texto e surpresa: Vamos ser mestres de cerimônia também, alguns textos antes de cada apresentação musical, algumas ficaram nervosas, outras nem tanto, mas fomos, e ali foi nosso primeiro contato com o público (as espiadinhas por trás das cortinas não contam!).

Falando de espiadinhas, preciso abrir estes parênteses, é muito legal olhar o público através da cortina, é quando o coração acelera, você quer ver se seus amigos chegaram, quer ver se a casa está lotada, e quando percebe que as pessoas estão chegando, é uma sensação de que o seu trabalho está valendo a pena. Mas acho que preciso de um pouco de prática porque o público sempre me via.
As apresentações musicais foram ótimas, a voz da Lethicia e seu MPB acalma qualquer um, uma voz tão doce, a batida da MC Gleyce deu uma agitada (e o danado do nervosismo voltou), as músicas da Yaya bateram fundo, com um toque mais lento e uma voz forte, e a Banda Triz, foi um prazer poder vê-los tocar, sempre fui curiosa para saber de quem era a voz da nossa abertura "Canção do pó", e a versão ao vivo foi ainda melhor.
Assim que a última banda saiu, 5 minutos e lá vem Alice... Quando não estávamos no palco, ficávamos divididas entre as duas coxias, torcendo para que tudo desse certo para quem estava lá, parecia uma partida de futebol. Ai eu entrei.
Eu não posso dar-lhes um relato sobre como é estar no palco, porque sinceramente, eu não lembro, eu não era eu, não senti vergonha, não senti medo, eu não era mais a Iara (tímida) eu era a Branca conversando com a minha sobrinha, não em um palco, e sim na minha casa.
Quando saí de cena, ai sim, eu era eu, e estava super insegura de como foi, em todas as vezes foi assim.
A peça teve seus errinhos é claro, estávamos ao vivo, numa estreia poxa, mas nos saímos bem, e nos orgulhamos disso, representamos ali as mulheres entrevistadas, as mulheres que passam pela mesma situação, as mulheres que nos intrigam, as mulheres que foram base para o nosso projeto.
As mulheres que somos.


Link com fotos dos bastidores: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1559032124331279&id=1457225037845322&notif_t=like

Nenhum comentário:

Postar um comentário