segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Visita a Ariene e ao Ibirapuera no 1° Festival da cidadania cultural

Domingo, 07 de dezembro.

Visitando a Ariene




Eu e Rafaela fomos na casa da nossa amiga e integrante Ariene Saldanha. Ela foi vitima de atropelamento no dia 22 de novembro, sofrendo lesões no osso da perna esquerda, o que a impede de participar das próximas apresentações.

Ve-la resultou em alguns sorrisos, em alguma alegria – e, ano que vem, ela volta a interpretar a Lidia como só ela sabe fazer!!





Ao Ibira!!



Depois de visitar Ariene, pegamos o bus, o trem, o metrô e, descendo a avenida, caímos pro Ibira numa tarde muito legal, junto com nossos namorados, curtimos a programação do VAI (infelizmente, não entregamos o material a tempo, mas não podíamos deixar de ir e prestigiar nossos colegas, né?)







Vimos um pouco do áudio visual, que estava muito bom. Faltou o nosso, com certeza, mas a qualidade estava excelente!!!
Também curtimos um som maneiro que estava rolando lá e vimos uma apresentação de dança contemporânea "Projeto Mitos - Núcleo de Dança Pélagos dança" que eu me encantei, quanta perfeição na execução dos passos, muito bacana, bonito, enfim, excelente!













quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Agenda de apresentações

Confira os locais e dias das próximas apresentações. Por enquanto. alguns horários ainda podem ser alterados, por isso, os divulgaremos sempre com três dias de antecedência.

29/11 - Sábado às 15h30
Escola Estadual Heckel Tavares
Av. Dr. José Artur Nova, 2737 - Jardim Helena, SP

06/11 - Sábado
Escola Estadual Estela Borges Morato
R. Tujumirim, 419 - Jardim Helena, SP

Casa de Cultura de São Miguel Paulista - Antônio Marcos
Rua Irineu Bonardi, 169, Alto Pedroso – São Miguel Paulista, SP

07/11 - Domingo (Estreia do documentário)
Parque do Ibirapuera
Av. Pedro Álvares Cabral - Vila Mariana, São Paulo - SP

11/12 e 12/12 - Quinta e sexta
Oficina Cultural Luiz Gonzaga
Rua Amadeu Gamberini, 259 - São Miguel Paulista, SP.


14/12 - Domingo
Escola Estadual Tide Setubal
Rua Jaime Barcelos, 535, Vila Jacuí, SP



domingo, 23 de novembro de 2014

Trailer do documentário "Alice Desperta"

Ainda faltam alguns dias para a divulgação completa do documentário, mas enquanto isso, que tal assistir ao trailer?



Disponível também no link: https://www.youtube.com/watch?v=o83CBpjHQbU&feature=youtu.be



Documentário na reta final!

Documentário será disponibilizado em duas semanas


No último ensaio, fomos para a E. E. Tide Setubal, para passarmos um ensaio geral com figurino, para completar cenas que faltam para o documentário. Eu e a Vanessa estamos responsáveis por esta parte do projeto, dividimos bastante o trabalho, ela ficou responsável por metade da edição prévia - cortes das entrevistas - e eu pela outra. 

Agora estamos na edição final, e a ansiedade de vê-lo pronto é enorme!Nenhuma de nós havia realizado um longa antes, é um desafio e tanto. O nosso roteiro brinca com a realidade e a arte, de forma complementar.

O roteiro do nosso espetáculo foi baseado em entrevistas que o grupo realizou com mulheres. No documentário elas aparecem, falando sobre sexo, independência, maternidade, sonhos - tudo o que envolve o amadurecimento - e então há o link em que mostramos como isso foi colocado no roteiro.

O espetáculo é mostrado na íntegra, em cenas de ensaio, que mostram o crescimento do grupo ao longo desses quase dez meses de trabalho. 

O documentário deve ser - finalmente - divulgado em apenas mais duas semanas. Alguns vídeos das entrevistadas já foram disponibilizados na nossa página do Facebook, acesse no link: https://www.facebook.com/pages/Alice-Desperta-Teatro-Document%C3%A1rio/1457225037845322?fref=ts



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

2ª apresentação - 16/11/2014

APRESENTAÇÃO NA CASA DE REPOUSO SÃO JOSÉ



No último domingo, 16 de novembro, realizamos nossa segunda apresentação. Dessa vez fomos até a casa de repouso São José, no Parque Paulistano, próximo a São Miguel Paulista.
Nos encontramos na Escola Estadual Francisco Pereira de Souza Filho às 13h, lá encontramos Andressa, responsável pelo Programa Escola da Família, e Claudemir Santos, que nos indicou para a Andressa e conseguiu um espaço na agenda para a nossa apresentação.

Passamos o texto no pátio da escola, conversamos sobre o documentário e as próximas apresentações. Às 14h, fomos levadas para o local, e foi ai que as surpresas começaram. Fomos recebidas por freiras, que são responsáveis pelo local, olhamos umas para as outras, todas com o mesmo olhar de espanto, explico: O nosso roteiro traz situações cotidianas na vida de uma adolescente, sexo e drogas são abordados - sendo estes os mais básicos, mas não posso dar mais detalhes e estragar a surpresa. Palavrões também estão presentes, e não poderiam estar naquele dia.

As senhoras estavam no pátio e nos foram apresentadas, algumas bem animadas bateram palmas, sorriram, nos elogiaram. Estávamos muito ansiosas para poder proporcionar uma alegria para elas, mas acabamos percebendo que a nossa atração não é a favorita delas. Claro que entramos em desespero.

Conseguimos uma sala para a troca de roupa, enquanto a Isadora arrumava o cenário. Tínhamos acabado de nos trocar quando a Isadora chega e solicita "Cortem os palavrões, não falem de sexo (...) e nada que seja desaprovado pela instituição", justamente a base do nosso roteiro. A Vanessa ainda teve um problema com a roupa da personagem Constance, pois é muito curta e aberta nas costas. Nos bastidores, nervosismo. 

A improvisação era necessária, em boa parte do roteiro, e o medo de não conseguir uma química em cena era grande. Mas o nosso grupo se une muito antes de uma apresentação, e tirávamos forças uma das outras, com abraços, palavras de conforto, olhares, Lá vai Mariana entrando em cena, e a minha força se esvaindo, algumas senhoras não prestavam muita atenção, o que é normal eu sei, mas ainda assim, fiquei mais nervosa.

No geral, foi uma apresentação mediana. Conseguimos improvisar, em algumas - poucas, confesso - cenas fizemos uma triangulação, em outras cenas esquecíamos as partes "proibidas" e acabávamos falando mesmo assim, devido ao nosso nervosismo esquecíamos de falar alto. Mas ao final, fomos aplaudidas, as senhoras que não desgrudavam o olho da apresentação elogiaram, e entenderam a nossa proposta, dever cumprido.

Sim, vimos que temos bastante falhas ainda, e no ensaio de sábado vamos pegar firme nelas, mas o principal nós conseguimos, ser um grupo que aceita desafios, e que consegue sair da zona de conforto. 




quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Retrospectiva de nove meses de trabalho

RETROSPECTIVA 

9 meses de Alice Desperta


Foram meses de trabalho, a preparação das perguntas, a escolha das melhores, as entrevistas, as ideias de roteiros, os ensaios, e enfim, as apresentações. Já passamos por bastante coisa, algumas ruins e outras tantas boas, e está valendo muito a pena, mais do que eu podia imaginar - e olha, fui bem positiva em meus pensamentos.
Como dizem que imagens valem mais do que palavras, menos papo e mais foto; Na sequência uma seleção de imagens desde o começo do projeto:

Primeiro encontro - 01/02/2014 - Discutindo o projeto
                               
01/04/2014 - Primeiro encontro após classificadas no Edital do VAI

                                
24/05/2014 - Encontro na Casa de Cultura de São Miguel Pta



31/05/2014 - Entrevista com Leylayne

08/06/2014 - Entrevista Yaya Bonneges

05/07/2014 - Entrevista com Anne Karoline


26/07/2014 - Encontro na Casa de Cultura de São Miguel Pta.


27/09/2014 - Já ensaindo 

04/10/2014 - Último ensaio antes da estreia
                         

04/10/2014 - Alice e Raíra

04/10/2014 - Alice, Lídia e Tia Branca

04/10/2014 - Grupo Ansur




sábado, 18 de outubro de 2014

Encontro 18/10/2014

Primeiro ensaio depois da estreia


Nesse encontro conversamos sobre os erros e acertos da estreia para seguirmos progredindo, ficamos felizes com o resultado, apesar de reconhecermos algumas falhas. Após a conversa fizemos um ensaio geral, que fluiu bem, com algumas poucas interrupções para orientações de nossa diretora.
Assistimos dois vídeos, um da diretora e cineasta norte-americana Julie Taymor e outro da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi, os dois nos fizeram refletir para um amadurecimento artístico. 
Nossa próxima apresentação será hoje (19/10) na Casa de Cultura de São Miguel Paulista, rua Irineu Bonardi, 169, às 18h.

Confira algumas fotos do encontro:












quinta-feira, 16 de outubro de 2014

11-10-2014

ESTREIA DO ESPETÁCULO


Toda estreia é nervosa, sim, eu já sabia disso. Mas nunca havia estado em uma peça antes, desconhecia os bastidores de um espetáculo de teatro. Foi uma estreia em dose dupla.
Chegamos cedo à Escola Dom Pedro, em São Miguel Paulista , e só de ver o tamanho do espaço, houve até falta de ar. Chegamos 13h30, e começamos a repassar as cenas, mas o nervosismo nos fazia esquecer algumas falas, e isso nos deixava ainda mais nervosas. Ensaiamos até às 17h, pois como haveria bandas tocando antes do espetáculo (Banda Triz, Yaya Bonneges, Mc Gleycinha e Lethicia Soares) precisávamos liberar o palco para a passagem do som.
Começamos a arrumar nossas roupas na mesa - e isso foi mágico para mim, acho que foi ali que caiu a ficha - a calça da Alice, o vestido da Constance, a saia da Avó, a bolsa da Raíra... Depois fomos tentar comer um pouco, tentar... porque o nervosismo, repito, estava demais.
Estávamos repassando o texto e surpresa: Vamos ser mestres de cerimônia também, alguns textos antes de cada apresentação musical, algumas ficaram nervosas, outras nem tanto, mas fomos, e ali foi nosso primeiro contato com o público (as espiadinhas por trás das cortinas não contam!).

Falando de espiadinhas, preciso abrir estes parênteses, é muito legal olhar o público através da cortina, é quando o coração acelera, você quer ver se seus amigos chegaram, quer ver se a casa está lotada, e quando percebe que as pessoas estão chegando, é uma sensação de que o seu trabalho está valendo a pena. Mas acho que preciso de um pouco de prática porque o público sempre me via.
As apresentações musicais foram ótimas, a voz da Lethicia e seu MPB acalma qualquer um, uma voz tão doce, a batida da MC Gleyce deu uma agitada (e o danado do nervosismo voltou), as músicas da Yaya bateram fundo, com um toque mais lento e uma voz forte, e a Banda Triz, foi um prazer poder vê-los tocar, sempre fui curiosa para saber de quem era a voz da nossa abertura "Canção do pó", e a versão ao vivo foi ainda melhor.
Assim que a última banda saiu, 5 minutos e lá vem Alice... Quando não estávamos no palco, ficávamos divididas entre as duas coxias, torcendo para que tudo desse certo para quem estava lá, parecia uma partida de futebol. Ai eu entrei.
Eu não posso dar-lhes um relato sobre como é estar no palco, porque sinceramente, eu não lembro, eu não era eu, não senti vergonha, não senti medo, eu não era mais a Iara (tímida) eu era a Branca conversando com a minha sobrinha, não em um palco, e sim na minha casa.
Quando saí de cena, ai sim, eu era eu, e estava super insegura de como foi, em todas as vezes foi assim.
A peça teve seus errinhos é claro, estávamos ao vivo, numa estreia poxa, mas nos saímos bem, e nos orgulhamos disso, representamos ali as mulheres entrevistadas, as mulheres que passam pela mesma situação, as mulheres que nos intrigam, as mulheres que foram base para o nosso projeto.
As mulheres que somos.


Link com fotos dos bastidores: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1559032124331279&id=1457225037845322&notif_t=like

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Mayara Nascimento

Nome: Mayara Nascimento
Idade: 21 anos
Profissão: Professora de História, Cantora e compositora
Nome artistico: Yaya Bonneges

(Entrevista feita no Morumbizinho MC)

Você sofreu pressão ou cobrança de você mesma após completar 18 anos?
Sofri muito, muito. Quando eu fiz 18 anos eu me cobrei coisas que eu não precisava, então eu trabalhava e estudava, mas achava que tava pouco. Eu sempre queria mais, e isso acabava me prejudicando.
Resposta 2: Sofri bastante, eu me cobrava muito. Quando eu fiz 18 anos eu queria fazer o melhor de mim, com trabalho e essas coisas eu me esforçava muito, e acabava deixando de viver.

Por quê?
Porque eu acabava deixando de viver um pouco

Você sofre com alguma questão estética?
Não

Você já modificou algo no seu corpo por pressão de alguém?
Também não. De jeito nenhum, eu sempre fui por mim. Em questão de corpo, você pode falar que eu sou baleia, eu não ligo.

Você já foi influenciada?
Também não, nem quando era adolescente.

Você tem vontade de mudar alguma coisa no seu corpo?
Não, se for para mudar vai ser naturalmente.

O que você não mudaria de jeito nenhum e por que.
No meu corpo? O cabelo. Eu gosto de mexer nele, pintar e essas coisas, mas particularmente é o que eu mais gosto.

Você se considera muito vaidosa? Se preocupa demais com a aparência?
Vaidosa, assim nesse ponto não. Eu gosto de ter uma boa aparência, mas assim, questão de extremo, não acho necessário.

Você liga para a opinião dos outros em relação a você?
Não, eu penso na minha opinião e pronto. Sou muito egoísta nessa parte.

Você já fez alguma coisa errada devido a influência de amigos?
Fiz sim, na minha adolescência. Eu já fui em embalo de bebidas, já fui e em embalos de até uma vez cabular aula. Só isso.

Como você reage ao ouvir um elogio malicioso?
Eu finjo que não escuto.

Mas você gosta ou não?
Não.

Como era a sua relação com os seus pais?
Bom, não é a melhor, mas também não é ruim. Converso, não moro com os meus pais, então tenho um pouquinho de amizade com eles, sou muito distante do meu pai, mas não porque eu quero, é porque ele mora longe mesmo. Não temos tanta afinidade como também não temos inimizade.

 O que você mais gosta de fazer e o que menos gosta?
O que eu mais gosto de fazer é cantar. E o que eu menos gosto? Eu não gosto de acordar cedo.

No que você mais mudou na transição de adolescente para a fase da mulher?
É uma questão que acho que acontece com todo mundo: amadurecimento.

 Mas em relação a quê? O que você pensava antes que pensa diferente agora?
Eu era muito aberta, qualquer coisa para mim era legal. E hoje eu vejo assim: tem coisas certas né, momentos certos, tem momentos certos de você concordar, você seguir aquilo, assim, em relação por exemplo. Você tem que ter um amadurecimento muito mais forte do que na adolescência.
Na adolescência você é aberta, não leva a sério, né.

Há algo que você gostaria de ter mas não tem?
No momento, assim, acho que tudo o que eu tenho tá bom.

Você se considera ambiciosa?
Às vezes, as vezes eu quero uma coisa que eu quero mais, e quero mais.

E materialista?
Não, não sou não.

Qual é o seu sonho?
Um sonho? Ser reconhecida, mais musicalmente.

Por que você escolheu a carreira musical?
Eu, na verdade, não era para ter escolhido. Porque eu brincava no karaokê brincando, brincando desde pequena com a minha mãe e as pessoas falavam “essa menina tem talento”, e eu fui cantando, cantando. E quando eu vi já estava dentro. Foi automaticamente.

Quais são suas referências artísticas?
MPB, Rock, samba, isso é o que me influencia. Totalmente ligado ao meu cotidiano, totalmente ligado ao meu sangue, mas outras músicas me fazem bem também. De vez em quando eu gosto de ouvir um samba de raiz, um sertanejo de raiz, gosto de ouvir um baião, adoro.
Mas o que me influencia muito é o MPB e o rock.

E quando você percebeu que havia mudado? Amadurecido?
Olha, para falar a verdade, eu sempre estou amadurecendo, em uma coisa nova. Mas quando eu percebi, foi quando eu me separei.

A aceitação em relação ao corpo, personalidade, se torna mais fácil depois da adolescência? Por quê?
Não. Para mim é um pouco mais difícil porque você acaba se cuidando mais, preocupação.

E qual é a sua opinião sobre o machismo?
Eu odeio. (Inaudível) Sou totalmente contra o machismo.

Você já sofreu algum preconceito machista?
Sim, questão de por exemplo, uma mulher não poder estar aqui sozinha (moto clube); questão de até jogar bola, por exemplo, já ia falar “não, sai daqui, você não poed jogar bola, isso é para homem, coisa de mulher é lavar louça” quando eu ouço isso quero morrer. Questão assim eu compro briga.

Para você qual a importância da mulher na sociedade?
A mulher, em primeiro lugar, tem que se valorizar, porque se o mundo tá perdido é hoje. Tem que se valorizar, e assim, a mulher é muito importante, ela só tem que se impor mais. Porque ultimamente a mulher está deixando de mostrar o valor que tem, até mesmo historicamente, lutou tanto pelos direitos e hoje está sendo desvalorizada.
Então eu acho que assim, a mulher já é importante, só tem que aprofundar, dar aquele empurrão e não deixar que acabe.

Você percebe algum preconceito explícito?
Acho que tá bem aberto, todo mundo vê. O preconceito está em todos os lugares.

Em algum momento já foi tratada com inferioridade?
Não que eu lembre agora.

 Com quantos anos você perdeu a virgindade?
Faltava três dias para eu fazer 18 anos.

Você tem uma visão sobre sexo diferente hoje em dia?
Ah, com certeza. Toda certeza eu tenho, porque você vai, não adquirindo experiência, mas normal. Conforme o tempo você vai tendo uma relação e vai aprendendo mais. E hoje eu vejo bem diferente.

Como você via antes e como você vê agora?
Eu achava que era uma coisa que para você ter uma relação tinha que ter amor. Hoje não, hoje você vê as pessoas, é lógico tem gente que sente, mas as pessoas fazem mais sexo por prazer.

Você mudou após a sua primeira relação sexual?
Meu corpo mudou muito, não teve nem como esconder por exemplo, da família. Adivinharam, então assim, o corpo mudou bastante. Mentalidade, assim, mudou também. Quando você vai descobrindo aonde toca, aonde não toca, vai mudando.

O que é sexo para você?
Sexo é prazer. Como diz a Rita Lee né “Sexo é um esporte”. A música da Rita Lee, Amor e sexo acho que diz totalmente a diferença entre amor e sexo.

Seus pais conversavam sobre sexo om você na adolescência?
Nunca conversaram. Nunca. Eu descobri tudo isso na rua, tudo foi na rua.

Você pensa em ter filhos?
Penso, sem dúvida eu quero ter um filho.

Você pretende conversar com eles sobre isso na adolescência?
Eu quero ser aquela mãe que meu filho chega e diga assim “Tive minha primeira relação” e por eu já ter dado aquele empurrão nele, e dito aonde está certo, aonde está errado. Eu quero ser aquela pessoa que ensina meu filho.

 Você busca qualidades/valores diferentes nos homens em contraponto com a adolescência?
Sim, porque é importante, não pode escolher qualquer pessoa.

Com quantos anos você se casou?
Com 16 para 17 anos eu já fui morar junto. Não era um casamento assim.

Você trabalhava depois de casada?
Eu trabalhava. Trabalhava na Claro, antiga Embratel, tinha um cargo bom lá, era gerente de vendedor, então o cargo era bom. Hoje eu trabalho também, mas não estou mais nessa área, mas também me separei.

Como é a sua relação de independência na questão financeira?
Hoje eu não estou mais independente, hoje estou um pouco mais dependente, por conta do cargo que eu mudei, caiu muito do que eu ganhava antigamente.

Após o casamento você mudou muito?
Sem dúvida. Mudei muito, muito. Amadureci muito, aprendi muito.

E de que forma sua vida mudou?
Em certa parte foi a melhor parte, assim, as melhores coisas que eu mudei. Eu amadureci muito, foi para melhor, foi para o lado bom.

Você se arrepende de ter casado?
Não em arrependo porque é bom. Se você não quebrar a cara você não aprende, como diz o velho ditado.

Você pensa em se casar novamente?
Eu penso, penso sim. Porque eu acho que quando as pessoas se gostam não tem motivo de não estar juntos, morando juntos.

Qual foi a fase mais difícil da sua vida? Como você reagiu?
Eu tive dois momentos ruins. Um de relação e um momento de perda: em 2004 eu perdi minha tia, que era como uma mãe para mim, eu sofri muito, sofri demais, para mim ali tinha acabado o mundo, não queria saber de mais nada, mas até então eu era adolescente, estava entrando na fase da adolescência, a gente passa por tantas coisas na adolescência que a gente aprende.
E em relação foi quando eu me separei, eu entrei em depressão mesmo, em depressão profunda, de psiquiatra querer pegar e passar remédio para mim, mas ai eu fui mais forte, falei que não iria tomar remédio para não piorar. Recentemente tive um problema com relação a namoro, sofri bastante, mas tudo a gente supera.

O que você cursou na faculdade?
História.

Quando você decidiu o que ia cursar?
Na sétima série. Na sétima série eu já, minha melhor nota era na matéria de história, eu me dava bem, gostava da professora para caramba, a gente se dava muito bem. E de todas as matérias ou era educação física ou era história, mas eu sou um pouco medrosa, não gosto nem de ver sangue, então para fazer educação física, quando eu soube que tinha anatomia não quis mais saber, então falei, vai ser história que é o que eu gosto.

Qual é a sua maior conquista até hoje?
A faculdade. A faculdade, sou a primeira da família a ter uma faculdade, a primeira da família a terminar o ensino médio e ainda ir para a faculdade.

Você tem um livro favorito?
Tenho vários. Mas o que eu mais me identifico, são todos do Harry Potter, nossa, que eu assisti e li todos, então assim, me dei bem com o livro e outro que gosto muito, assim é do Machado de Assis, Dom Casmurro. Sou apaixonada por aquele livro.

Como você se imagina daqui a dez anos?
Eu me imagino de duas formas: Eu sendo uma professora de faculdade ou já estando ai fazendo shows no Brasil.

Em que ou em quem você pensa ao longo do dia?
No meu namorado.

O que em si mesmo te orgulha?
Em mim, o que me orgulha é a força de vontade.

Qual é o seu maior defeito?
Meu defeito? Ao mesmo tempo que eu tenho força de vontade eu tenho muita preguiça também.

Gostaria de ter uma filha igual a você?
Ai, seria um orgulho ver uma filha cantando, seria um orgulho.

 Você acha que uma mulher consegue conciliar trabalho, casamento?
Consegue, sem dúvida consegue. Eu conheço muitas pessoas assim, que dá conta e consegue.

Quais foram as suas maiores dificuldades para entrar no mercado de trabalho?
Eu sou um pouco gaga, eu acho que isso atrapalha um pouco, principalmente quando estou nervosa, ai eu começo a gaguejar e vai.

O que é mais gratificante no seu trabalho?
O respeito, quando o aluno tem, por você e quando você vê que ele está prestando atenção e está aprendendo, não tem coisa melhor. Você vê que está aprendendo o que você está ensinando.

E na música?
Na música eu gosto de ver as pessoas curtindo, pessoas agitando, isso me deixa bem.

Seus dois empregos são aquilo que você esperava? Você está feliz com eles?
Estou. Realizando os dois sonhos, quando eu comecei a vida.

Qual é a mensagem que você pretende transmitir com os seus trabalhos?
Olha, musicalmente, é você cantar, tocar com o coração, porque se você tá com o coração, com certeza a pessoa que vai estar te ouvindo vai se sentir bem, se a pessoa tem, por exemplo, o dom de cantar também, com certeza ela vai se sentir influenciada e tentar fazer do mesmo jeito.
Já na sala a mensagem é simples, porque se você não aprender você pode não ter um futuro bom, nada como você ter um futuro aprendendo.

Você tem uma religião?
Sou espírita.

O que você considera intolerável?
Falar por trás, falar nas costas, esconder entendeu? Você vir conversar comigo, virar as costas e falar mal. Isso não dá para suportar.

Você já perdeu alguma oportunidade por medo de tentar?
Já. Eu recebi a oportunidade de jogar no Fluminense, no futebol feminino.

Você é uma pessoa ousada?
Quando eu quero.

O que você gosta de fazer no seu tempo livre?
Gosto de ficar na internet, tocar violão e compor.





Joana Darc

Entrevista





Você sofreu pressão e cobrança de si mesma após completar 18 anos?
Não, nenhuma.


Você sofre com alguma questão estética?
Não. Graças a Deus aceito tudo o que Deus me deu, tá perfeito.

Já modificou algo no seu corpo por pressão de alguém?
Jamais.


O que você tem vontade de mudar no seu corpo?
Nada.


O que você não mudaria de jeito nenhum?
Meus cabelos. (Por quê?). Por que eu gosto deles como eles são.


Você se preocupa demais com a aparência, se considera muito vaidosa?
Eu gosto de me manter bem.


Você liga para a opinião dos outros em relação a você?
Não dou nem bola.


Você já fez coisas erradas devido influências de alguns amigos?
Não


Como você reage ao ouvir um elogio malicioso?
Fico feliz, né, saber que alguém tá me elogiando.


Como. é/era a sua relação com os seus pais?
Boa.


O que mais gosta de fazer? E o que menos gosta?
O que eu gosto de mais de fazer é trabalhar, menos gosto de ficar em casa.


No que mais você mudou na transição de adolescente para mulher?
Assim, depois que eu tive meus filhos, então me amadureceu bastante, desde o primeiro filho que eu tive.


Há algo que gostaria de ter mais não tem?
Sim, uma casa, minha mesmo.


Você é uma pessoa muito ambiciosa?
Não.


Você se considera materialista?
Também não.


Qual é o seu sonho?
Ter minha casa própria


Quando você percebeu que havia mudado? Amadurecido?
Quando me tornei mãe. (Mas o que fez mudar, assim o fato de ser mãe?) Assim, o nascimento do meu filho, eu ter que cuidar dele, que eu tinha 17 anos, me fez amadurecer mais rápido (Mas foi sofrido ou foi natural?) Não. Pra mim foi bom, eu cresci sabendo que eu tinha que cuidar dele sozinha, não tinha ninguém pra me ajudar, então aí eu amadureci já antes do tempo.


A aceitação em relação a personalidade, corpo, entre outros, foi sempre assim ou na  adolescência você tinha algum tipo de insegurança?
Quando eu era mocinha assim? Eu sabia que o meu corpo ia se transformar né, porque a gente sendo mocinha é uma coisa, a gente se tornando uma mulher é diferente, então eu sabia que o meu corpo ai se transformar.


Qual sua opinião sobre machismo?
Tipo assim, sobre os homens? ( Sim, se te tratarem inferior a um homem) Ah, eu acho assim que um homem, esse homem machista que as vezes bate em mulher, maltrata mulher, num, pra mim não tem valor.


Já sofreu algum preconceito machista? Já aconteceu com você?
Comigo não. Graças a Deus não.


Pra você, qual é papel e a importância a mulher tem na sociedade?
Tipo assim, a mulher ter seu trabalho, sua independência, trabalhar, ganhar seu dinheiro e ser independente.


Você já sofreu algum preconceito?
Como assim? (Você já sofreu algum preconceito por ser mulher, tipo falarem assim, você não pode fazer isso, porque você é mulher ou em relação a outra coisa?)

No momento não, nunca sofri não.

Com quantos anos você perdeu a virgindade?
15 anos.


Você tem uma visão sobre sexo diferente hoje?
Tenho. (Mas, como era a sua visão antes?) Assim, porque antes, como eu fui criada no interior é diferente de hoje, hoje em dia a moça conhece o rapaz já vão pro hotel  e antigamente não, antigamente a gente namorava, tanto é que eu namorei com esse rapaz, namorei, fiquei noiva e casei com o mesmo.


Você mudou após sua primeira relação sexual? (Sentiu diferença no corpo ou psicologicamente)
Sim. (Quais?) Senti que eu não era mais uma moça, não era mais virgem.


O que é sexo para você?
Sexo tem que ser uma coisa feita com amor com carinho e muito respeito, tem que ser, tem que haver respeito entre as duas pessoas.


Seus pais conversavam com você sobre isto, na sua adolescência?
Não, porque a gente criada, os pais da gente também tinha vergonha de falar pra gente. (E quando você tinha uma dúvida, como era? Você perguntava pra alguém?)

Não, porque assim, eu só vim conhecer mesmo assim, conhecer uma pessoa com quem eu me perdi, depois que eu me tornei, depois que eu tinha 15 anos, então eu já não  tinha mais o meu pai, só tinha minha mãe, então era assim, quando a gente se perdeu com essa pessoa, que nem eu me perdi, ele foi falou com minha mãe e eu falei que já não era mais uma moça, eu tinha me tornado uma mulher.

Você busca qualidades/valores diferentes nos homens em contraponto com a adolescência? Quais?
Pra mim encontrar um homem para eu possa ter de novo para ter um relacionamento, eu prefiro que o homem seja honesto, trabalhador e que me respeite (Quando você era adolescente você tinha esse mesmo pensamento?) Mesmo pensamento.


Com quantos anos você se casou?
15 anos

Você trabalhava ou trabalha, depois de casada?
Trabalho.


Como é a sua relação de independência na questão financeira?
Tipo assim, como eu vivo? Ah, eu trabalho eu mantenho a minha casa na medida do que eu posso né, o que eu ganho eu faço o que tenho que fazer na minha casa, ajeito minhas contas, pago minhas contas.


Após o casamento você mudou muito?
Eu mudei bastante 

O que mudou principalmente depois do casamento?

Eu mudei, devido assim me tornei mãe, tive que cuidar da casa, tive que cuidar do meu filho, tive que cuidar do meu marido, não tive tempo pra mim, eu só tive tempo pra eles, então é como se eu tivesse se esquecido de mim.